Durante o mês de conscientização sobre a saúde masculina, a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, vereadora Ireuda Silva (Republicanos), destacou a importância da campanha Novembro Azul e fez um alerta sobre os números preocupantes do câncer de próstata no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o país deve registrar 71,7 mil novos casos da doença por ano entre 2023 e 2025, o que a torna o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens, atrás apenas do de pele não melanoma.
“Precisamos quebrar o tabu em torno da prevenção e dos exames de rotina. Muitos homens ainda evitam procurar o médico, e isso tem custado vidas. A saúde masculina também é um tema de família, que impacta diretamente mães, esposas e filhos”, afirmou Ireuda, que preside a Comissão para a Defesa dos Direitos das Mulheres na Câmara Municipal de Salvador.
Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 17 mil brasileiros morrem todos os anos em decorrência do câncer de próstata. O diagnóstico precoce é determinante: quando a doença é identificada nas fases iniciais, as chances de cura ultrapassam 90%. Ainda assim, a resistência em realizar o exame de toque retal e o teste de PSA continua sendo um dos principais obstáculos à prevenção.
Ireuda ressaltou que a discussão sobre a saúde do homem precisa ser ampliada nas comunidades e nas políticas públicas. “É fundamental levar informação aos bairros, às igrejas e aos espaços de convivência. A prevenção salva vidas, mas também exige acesso fácil a exames e acompanhamento médico. A Prefeitura e a Câmara precisam continuar unidas nessa mobilização”, declarou.
A vereadora também chamou atenção para o recorte racial e regional. Estudos mostram que homens negros têm maior risco de desenvolver câncer de próstata e tendem a receber o diagnóstico em estágios mais avançados. Na Bahia, a taxa de incidência é de 79 casos para cada 100 mil homens, acima da média nacional.
