O debate sobre o Projeto de Anistia no Congresso Nacional ganhou uma “temperatura” significativamente maior após a condenação e prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em entrevista ao Bahia Notícias no Ar, na rádio Antena 1, João Roma, presidente estadual do Partido Liberal (PL), confirmou um intenso clima de pressão em Brasília para que a proposta seja votada antes do recesso parlamentar.
Roma afirmou que as recentes ações judiciais contra lideranças da direita, culminando na condução de Bolsonaro à Superintendência da Polícia Federal, ampliaram as discussões e as movimentações nos bastidores do Congresso.
“Esse debate de fato tem ficado mais acalorado, naturalmente, com os últimos episódios que foi a condenação do Supremo Tribunal Federal e a efeito de prisão, isso amplia essa temperatura aqui em Brasília. São muitas reuniões, movimentações,” disse Roma.
O presidente do PL no estado reconhece que a votação do projeto já passou por momentos de maior e menor proximidade, mas a pressão atual impõe um “grau de tensão muito maior”. Ele destacou que há uma “exigência, especialmente daqueles que estão mais à direita, para que seja pautado” o tema.
A urgência e a tensão geraram até mesmo problemas internos na articulação do Congresso, com disputas e discussões acaloradas sobre a data de pautar o projeto.
“Isso envolve, naturalmente, riscos, que mesmo depois de pautar é necessário a presença dos votos e, às vezes, no momento que o Brasil vive, esse movimento tem sido flutuante,” ponderou João Roma.
Crédito Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil