Petista afirmou que possui “caderninho” para anotar a postura de aliados
O ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, criticou a forma como o governador Jerônimo Rodrigues (PT) diz tratar alguns políticos aliados. Segundo Neto, o posicionamento do petista mostra o “lado dele de perseguição, de quem vai atrás dos políticos que eventualmente não rezarem na cartilha dele. Isso é inaceitável.”
A declaração do ex-prefeito de Salvador ocorre após Jerônimo Rodrigues afirmar, em entrevista coletiva no último dia 9, sobre ter um “caderninho” para anotar a postura de aliados. Na ocasião, o petista havia sido questionado sobre a possibilidade do partido Agir apoiar a pré-candidatura à reeleição do prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil).
“A democracia é feita para respeitar o opositor, respeitar o contraditório, aceitar crítica e não ficar com um caderninho de perseguição. A verdade é que o nome verdadeiro desse caderninho é o caderninho da perseguição”, disse Neto, em coletiva durante o lançamento do curso ‘Melhores do Brasil’, na noite da última segunda-feira (15).
Antigo Partido Trabalhista Cristão (PTC), o Agir é presidido por Társsila Muniz, filha do deputado estadual Júnior Muniz (PT). A legenda está em negociação para integrar a base do prefeito Bruno Reis, que já possui 13 siglas aliadas. O fato de ser comandado pela filha de um correligionário não agradou o governador Jerônimo, que é o principal cabo eleitoral do pré-candidato Geraldo Júnior (MDB).
“Temos parceira com o deputado Júnior, ele não consultou a mim. Claro que o partido tem autonomia, mas como partido parceiro é importante ter o diálogo. Eu não gosto de ter surpresa, não fica bem para quem faz política. […] A gente vai botando no caderninho os comportamentos de como é que acontecem as coisas na Bahia”, disse o governador na ocasião.
ACM Neto Crédito: Elias Dantas