O Banco Central brasileiro suspendeu cautelarmente do sistema do Pix três instituições suspeitas de terem recebido recursos desviados no ataque contra a C&M Software. A Transfeera, a Soffy e a Nuoro Pay foram bloqueadas do sistema.
O que aconteceu
BC vai apurar se há relação das três empresas com o ataque. Invasão do sistema da C&M resultou no desvio de recursos que chegaram a ultrapassar R$ 800 milhões.
A Transfeera confirmou que a funcionalidade do Pix foi suspensa temporariamente. Segundo a empresa, os demais serviços oferecidos continuam operando normalmente. A companhia é uma sociedade de capital fechado autorizada a funcionar pelo BC. “Nossa instituição, tampouco nossos clientes, foram afetados pelo incidente noticiado no início da semana e estamos colaborando com as autoridades para liberação da funcionalidade de pagamento instantâneo”, afirma a empresa em nota.
A Soffy e a Nuoro Pay também foram desconectadas do Pix. Elas participam do Pix em parceria com outras instituições. A suspensão, segundo o BC, é para proteger a integridade do sistema de pagamentos e garantir a segurança do arranjo, até que os esclarecimentos sobre o envolvimento das instituições sejam concluídos. O UOL não conseguiu localizar as empresas para comentar o caso e o espaço está aberto para manifestações.
Suspensão tem duração máxima de 60 dias. Artigo 95-A da Resolução 30, de 2020, a “lei do Pix”, estabelece que o BC pode “suspender cautelarmente, a qualquer tempo, a participação no Pix do participante cuja conduta esteja colocando em risco o regular funcionamento do arranjo de pagamentos”.
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