O deputado estadual Alex da Piatã (PSD) minimizou, nesta semana, a possibilidade de rompimento com a base do governo Jerônimo Rodrigues (PT), apesar das recentes declarações do senador Otto Alencar sobre um eventual afastamento do grupo, caso o PSD não encontre espaço na formação da chapa majoritária para 2026.
Questionado sobre como avaliaria um possível apoio do PSD ao ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil), principal nome da oposição no estado, Alex foi direto: “Confortável, ninguém estaria em apoiar ACM. Não é o nosso intuito.”
A fala reforça o posicionamento da sigla de permanecer, ao menos por ora, alinhada à base governista liderada pelo PT. No entanto, o deputado também ressaltou que sua posição pessoal está subordinada às decisões do partido. “Eu sou homem de partido. Estarei onde o senador Otto Alencar e o PSD estiverem”, afirmou.
A declaração surge mediante as articulações iniciais para a formação da chapa majoritária governista em 2026, após o PT dar sinais de que gostaria de lançar uma chapa “puro-sangue”.
A expectativa dentro do grupo petista é lançar o governador Jerônimo Rodrigues à reeleição, o senador Jaques Wagner à recondução ao Senado e o ex-governador Rui Costa como possível segundo nome para o Senado, o que, na prática, deixaria ao PSD apenas a vaga de vice-governador.
Para Alex da Piatã, embora haja manifestações legítimas de pré-candidaturas, nenhuma decisão concreta foi tomada. “O que existe são vontades legítimas: a de [Ângelo] Coronel pela reeleição, a de Rui Costa e a de Wagner, todas compreensíveis. Mas não houve conversa, não houve definição. Estive com o senador Otto Alencar esta semana e ele reafirmou que está aguardando uma posição do governador Jerônimo”, explicou.
Segundo ele, o PSD, partido com maior número de prefeituras na Bahia, ainda não foi formalmente consultado sobre o seu papel no processo eleitoral. Qualquer definição sobre a participação da legenda nas eleições será conduzida pelo presidente estadual do partido, o senador Otto Alencar.
