Segundo Manoel Vitório, valor será revertido em infraestrutura para atrair empresas e empregos
“O que nós estamos fazendo é ganhar mais tração”, afirmou Manoel Vitório, secretário da Fazenda da Bahia (Sefaz-BA), em justificativa ao 22º pedido de empréstimo feito pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT). “É preciso que o estado invista para que a gente possa ter mais condições de atrair empresas, empregos, dar mais qualidade de vida para a nossa população. E a Bahia sabe e tem um histórico que faz isso de maneira responsável”, afirmou o secretário.
O pedido encaminhado à Assembleia Legislativa da Bahia nesta terça-feira (24) solicita financiamento de R$ 650 milhões ao Banco do Brasil.
Em entrevista na manhã desta quarta-feira (26) no Aeroporto de Salvador, Vitório disse haver uma “confusão” sobre o entendimento acerca dos pedidos de empréstimo. “Há uma confusão que é feita. Uma coisa é encaminhar os pedidos para a Câmara Legislativa e ter a autorização para emprestar. O tempo do ingresso de recurso é outro”, disse o secretário.
Em consonância com a justificativa do governador, Vitório reiterou que o empréstimo será destinado para investimentos no estado. “A Bahia exige mais investimentos em saúde, segurança, educação, mais infraestrutura para ter emprego. Essa é uma uma demanda nossa e nós somos um estado que tem demonstrado não só responsabilidade social, mas também responsabilidade fiscal”, disse.
Investimentos
Vitório destacou que a gestão estadual aplicou R$ 20 bilhões em investimentos, ultrapassando estados do Sudeste, como São Paulo e Rio de Janeiro. “Boa parte desse investimento foi feito com recursos próprios do tesouro”, afirmou.
“Faça um passeio no Rio de Janeiro e em São Paulo para vocês verem o tamanho da infraestrutura que tem lá dentro. Por que São Paulo atrai tanta empresa, além do mercado que tem? Porque investiu muito em infraestrutura.”
Segundo Vitório, a Bahia “é um dos estados menos endividados do Brasil”, com uma relação receita x rentabilidade em endividamento inferior a 40%, o que seria diferente em São Paulo. “Se a Bahia fosse uma empresa que estivesse encerrando, a gente precisaria de 40% da nossa receita corrente líquida, ou até menos, para pagar todas as dívidas. Se São Paulo fosse encerrar, nem a receita corrente líquida toda daria para pagar as contas.”
Ele ainda afirmou que as críticas sobre os pedidos de empréstimo são “uma discussão que não contribui para Bahia nem para o povo baiano.”
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