Três casos de feminicídio registrados no último fim de semana, nas cidades de Casa Nova, Santo Estêvão e Camaçari, voltaram a expor a gravidade da violência contra a mulher na Bahia. As vítimas foram atacadas por seus companheiros e deixaram filhos órfãos, cenário que se repete em diversos municípios do estado e evidencia a urgência de ações mais eficazes de prevenção e proteção.
A vereadora Ireuda Silva (Republicanos), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher na Câmara Municipal de Salvador, lamentou profundamente os casos e destacou que “não se trata de tragédias isoladas, mas de um reflexo de uma cultura de machismo e impunidade que ainda persiste em nossa sociedade”. Segundo ela, é fundamental fortalecer a rede de acolhimento e ampliar o acesso das mulheres a mecanismos de denúncia e apoio psicológico, jurídico e social.
Ireuda também ressaltou a importância de políticas públicas permanentes, como a Patrulha Guardiã Maria da Penha e o Programa Nova Fase, que já mostraram resultados positivos em Salvador. “Precisamos de investimentos contínuos, de sensibilização nas escolas e de integração entre as esferas municipal, estadual e federal. Cada vida perdida é um alerta de que ainda há muito a fazer para garantir a segurança e a dignidade das mulheres”, concluiu.