Ministro da Casa Civil ainda questionou o patriotismo dos apoiadores do ex-presidente
Parte das ruas brasileiras estamparam bandeiras dos Estados Unidos (EUA) e Israel no último domingo, 7, data da Independência do Brasil, como forma de protesto e apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O ato foi criticado nesta segunda-feira, 8, pelo ministro Rui Costa.
“O dia de ontem deixou claro para a população brasileira de que lado cada um de nós está! Nunca vi, na história da humanidade, políticos que, no dia da independência de um país, erguessem a bandeira de outra nação — justamente uma nação que adotou medidas para destruir empregos, empresas e a economia do Brasil”, disse o gestor durante entrevista ao programa Bom dia, Ministro, fazendo referência aos EUA.
Rui ainda questionou o patriotismo do ex-presidente e os seus apoiadores. Ele alegou que, ao invés de defender o Brasil, “está evidente quem usou — e ainda usa — a bandeira do Brasil apenas para defender interesses próprios e causas que não representam a maioria da população”.
Por fim, o ministro também afirmou que a data magna deve ser considerada um dia para que os brasileiros reafirmem o orgulho de pertencer e defender a própria nação.
“Este 7 de Setembro foi um dia para, mais do que nunca, reafirmarmos a soberania do Brasil, independente desde 1822! Não vamos parar de defender nossa nação e a autodeterminação do povo brasileiro”.
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Manifestações
Salvador foi uma das capitais do Brasil a receber as manifestações dos apoiadores de Bolsonaro. Na capital baiana, o protesto aconteceu no Farol da Barra, considerado reduto dos aliados do ex-presidente.
Na ocasião, o deputado estadual Leandro de Jesus (PL) defendeu o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, a anistia aos investigados e condenados pelos atos de 8 de Janeiro e a libertação do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“O Brasil não pode aceitar ser governado pelo arbítrio de um único ministro. Nossa luta é pela liberdade e pela verdadeira democracia”, declarou Leandro.
Já os deputados federal e estadual Capitão Alden e Diego Castro, também do PL, afirmaram que o ato deve-se encarado como um movimento de resposta ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, no Supremo Tribunal Federal (STF), o qual eles consideram como “perseguição política”.
“Neste domingo, 7 de setembro, no Farol da Barra, estamos nas ruas contra a tirania e a perseguição política escancarada. É agora ou nunca. Esse é o momento de mostrar que não aceitamos calados o que está acontecendo com o presidente Bolsonaro e com todos aqueles que defendem o nosso projeto de país. A Bahia vai dar a sua resposta”, disse Castro.
Enquanto Alden falou: “Esse ato é em defesa da liberdade de expressão e contra a perseguição que vem sendo feita ao presidente Bolsonaro e a todos nós que acreditamos nesse projeto. O que está em jogo não é apenas a política, mas o direito de cada brasileiro se manifestar sem medo de censura ou retaliação.”
Foto: Divulgação
