Nesta segunda-feira (29/07), a Justiça Eleitoral deferiu uma liminar que determina que o Google suspenda, num prazo de 48 horas, o questionário denominado “Enquete escolar – Eleições”. O documento estaria sendo compartilhado nas redes sociais por apoiadores da prefeita e candidata à reeleição Keinha Jesus (PDT). A ação contra a enquete foi realizada pelo MDB.
A “pesquisa” foi direcionada aos alunos do Centro Territorial de Educação Profissional (CETEP) de Araci. “Isso é um verdadeiro monitoramento, uma forma de vigilância e coação dos jovens”, dizem. O documento enviado aos estudantes informa que eles precisavam se identificar antes de preencher as perguntas e os questionamentos eram os seguintes: “Em quem você vai votar?”, “Você gostaria que houvesse uma mudança na gestão política do município?”.
A liminar da Justiça, além de retirar o formulário do ar, determina que o Google informe quem é o responsável pela enquete e para quem essas informações são direcionadas.
Os adversários políticos de Keinha Jesus avaliam que essa “não é a primeira tentativa de coação”. Segundo eles, método parecido foi utilizado na Copa Rural, realizada nos últimos dias 27 e 28 de julho, quando foi solicitado aos mais de 500 participantes informações sobre sua zona, seção e título de eleitor.
“Monitorar, vigiar, coagir o eleitor é uma das formas mais cruéis de se fazer política”, afirmam os adversários políticos de Keinha Jesus.
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