Operação realizada na terça, 4, deixou 12 mortos
Considerado um dos principais nomes do bolsonarismo na Bahia, o deputado estadual Leandro de Jesus (PL) apresentou à Assembleia Legislativa (Alba) uma moção de aplausos aos policiais militares envolvidos na operação que culminou na morte de 12 homens, no bairro de Fazenda Coutos, na terça-feira, 4.
No documento enviado ao legislativo, Leandro destaca o que entende como uma atuação “firme e eficaz para restabelecer a ordem” da comunidade localizada no Subúrbio Ferroviário de Salvador. O parlamentar ainda afirma que os suspeitos mortos portavam armas de alto calibre e “centenas de munições”.
“Segundo a Polícia Militar, todos os mortos no confronto foram levados para o Hospital do Subúrbio, mas não resistiram aos ferimentos. A operação, desencadeada em resposta à invasão de uma área dominada pelo tráfico de drogas, resultou na neutralização de 12 suspeitos fortemente armados e na apreensão de um vasto arsenal bélico, composto por pistolas, armas de alto calibre, centenas de munições e dispositivos de comunicação utilizados pelos criminosos”, diz trecho do pedido de moção.
“A ação demonstra a importância da atuação policial na defesa da ordem pública e na proteção dos cidadãos de bem, reafirmando a relevância das forças de segurança no combate ao crime organizado”, completa o deputado bolsonarista.
Na quarta, 5, durante apresentação do podcast semanal nas redes sociais, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), se comprometeu a apurar qualquer possível excesso cometido pelos agentes.
“Aconteceu, em Fazenda Coutos, a morte de 12 pessoas. Essa comunidade tinha sido violentada e, por muito tempo, estava se queixando com a polícia. A inteligência detectou, por câmeras, a disputa de duas facções e uma delas se colocando como vencedora, querendo mandar, proibindo as pessoas de circular”, afirmou Jerônimo.
Entenda
Uma troca de tiros, nas primeiras horas da terça, 4, resultou na morte de 12 homens supostamente envolvidos com o tráfico de drogas na região. O Ministério Público da Bahia deve ajudar a Polícia Civil, dentro das suas atribuições, nas investigações sobre o episódio.
Foto: Divulgação