Bahia Brasil
terça-feira 8 de outubro de 2024

Ex-gestor de Paramirim, Júlio Bernardo é condenado a 2 anos de prisão

Pré-candidato a prefeito foi enquadrado por fraudes em licitação

O ex-prefeito de Paramirim, Júlio Bernardo Brito Vieira Bittencourt (PSD), que recentemente anunciou sua pré-candidatura para as eleições municipais de 2024, foi condenado a dois anos de prisão por envolvimento em fraudes de licitação.

A decisão judicial é resultado das investigações conduzidas pela Operação Águia de Haia, que apurou irregularidades em processos licitatórios durante sua gestão como prefeito.

Júlio Bernardo foi acusado de direcionar licitações fraudulentas no município de Paramirim, facilitando contratos com empresas específicas em um esquema que desviou milhões dos cofres públicos.

A investigação revelou que, sob sua administração, o Pregão Presencial nº 028/2013 foi manipulado para beneficiar empresas vinculadas a Kells Belarmino Mendes, principal colaborador do esquema, resultando em um contrato superfaturado de R$ 2.200.000,00.

Segundo a sentença, Júlio Bernardo utilizou documentos e procedimentos falsos para garantir que a licitação fosse vencida por empresas previamente escolhidas, comprometendo a competitividade e a legalidade do processo.

A fraude envolveu a simulação de concorrência, onde apenas empresas ligadas ao esquema participavam e venciam as licitações, gerando prejuízos significativos ao erário.

A condenação do ex-prefeito vem em um momento delicado, às vésperas do início da campanha eleitoral de 2024. Como pré-candidato, Júlio Bernardo terá que enfrentar não apenas a batalha nas urnas, mas também as repercussões de sua condenação judicial, que pode afetar significativamente sua imagem e viabilidade política.

Operação Águia de Haia

A Operação Águia de Haia foi deflagrada para investigar um esquema de fraudes em licitações que envolveu diversas prefeituras na Bahia.

A investigação apontou que o modus operandi do grupo era replicado em vários municípios, sempre direcionando os resultados das licitações para empresas específicas, mediante pagamento de propinas e superfaturamento de contratos.

Irregularidades em processos licitatórios foi apontada pela Operação Águia de Haia – Foto: Divulgação/Facebook

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